Síntese

Essa é uma síntese sobre Lohana Nogueira Sant'Anna. Ou, simplesmente, Hana. Eu. Síntese porque, creio eu, que se eu fosse detalhar cada detalhe sobre mim provavelmente discorreria quase uma bíblia. Não, eu não sou tão interessante ou realizei grandes feitos. Não mesmo! Eu sou simplesmente extremamente indecisa e incerta quando estou falando sobre mim mesma. Então, por que eu resolvi escrever tal síntese? Bom, precisamente, esse é a maneira mais fácil de pôr ordem no caos que sou. Um caos agradável, me atrevo a dizer, mas um caos!

Por essa breve introdução, você já deve ter percebido que posso divagar um pouco (tá, talvez bastante) na minha linha de pensamento, mas a essência desse texto é falar sobre mim, então, faz parte. Para minha infelicidade, já comecei a perceber que isso soa extremamente egocêntrico e começo a duvidar dos meus motivos a escrever isso, o que nos leva a um ponto extremamente preciso, a minha insegurança! Eu me pergunto como seria viver em mundo em que eu não precise me questionar por cada decisão que eu tome. Não me refiro a ponderar se tal atitude é correta ou não, creio eu, na minha insignificância, que isso é essencial! Mas, imagino como seria fazer fazer piadas e tecer comentários em uma roda de conversa, dizer o que penso ou, simplesmente, agir como me convém sem me remoer por horas a fio do porquê eu o fiz, obviamente, arrependida de ter feito! Enfim… Depois de tudo isso, acho melhor começar um novo parágrafo…

Tenho muito orgulho da mulher que me tornei hoje e, não tenho dúvidas, que me orgulharei ainda mais da mulher que me tornarei. Apesar do meu medo interior ao afirmar que sou uma mulher, que para mim é sinônimo de ser adulta, gosto de pensar em mim de tal modo. Isso me dá um pouco mais de coragem! Me dá uma paz interior tão grande quando, por vezes, impressiono-me com minhas próprias atitudes e linhas de pensamento e, exatamente agora, enquanto escrevo, me veio a mente que não consigo por em palavras tal sentimento, então, acho mais sábio prosseguir.

Eu tenho extrema dificuldades em me expor! Não me refiro a vergonhas alheias (nisso eu sou mestra!), e sim a expor meus mais profundos sentimentos, pensamentos, medos e anseios. Às vezes, parece que eu vivo procurando em meio às pessoas portos seguros. E quando eu encontro uma brecha, despejo tudo que eu alcanço de mim no momento e idealizo que aquela pessoa vai se tornar meu pára-raios. A pessoa está tranquilamente vivendo a sua vida e do nada, ela é um tudo para mim, sem direito a falhas ou deslizes. Bom, não é nem um pouco justo, não é mesmo? Felizmente, cheguei a essa conclusão, enfim (depois de ter me frustrado inúmeras vezes, devo dizer)! Hoje, percebo que a vida é mais sútil, não é preciso que eu despeje quem sou como alguém tentando encher um rio com um balde, não, é mais fácil pegar uma canoa e ir juntos navegando aos poucos, seguindo a correnteza. É um processo natural e, quem estiver disposto, vai até o fim!

Bom, acho que divaguei MUITO! Portanto, eu queria finalizar dizendo que eu gostaria muito que as pessoas pudessem me ver a partir dos meus olhos (obviamente, não em todas as coisas), seria muito mais confortável, mas acho que a vida é mais interessante porque isso não acontece!


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